
Ando preocupado. Uma empresa irlandesa, a Dotcom Directories, publicou um anúncio de emprego que dizia: “se for fumador, não se incomode em responder”.
A Comissão Europeia respondeu que uma empresa que se recuse a contratar uma pessoa unicamente por ser fumadora não está a violar a legislação europeia contra a discriminação no trabalho, considerou este sábado a Comissão Europeia (CE).
Assim sendo, recusar um emprego a um fumador “não parece enquadrar-se em nenhuma das situações acima mencionadas”, acrescenta o checo.
O director da Dotcom, justifica-se, dizendo: “mesmo que as pessoas façam uma pausa para fumar, quando voltam ao seu lugar, tresandam a tabaco”. E acrescenta que “fumar é idiota”, pelo que se as pessoas o fazem é porque “não têm o nível de inteligência” que é pretendido para a sua empresa.
O que me preocupa além da opinião que o director dessa empresa tem de mim porque sou fumador, logo "não tenho um bom nível de inteligência", são os precedentes que estas medidas provocam. Estou já a imaginar que amanhã não se empregam os gordos, os baixotes, os magriços, os carecas, os feios, os que vestem calças rotas, portadores de piercings, os altos, os tatuados, os que tiverem gostos excêntricos, etc.
Que tal um anuncio que diga: “se gostar de sexo oral, não se incomode em responder”.
Que se proíba o fumo nas empresas, nos locais públicos, incluindo restaurantes, até aceito, mas não poder candidatar-me a um emprego porque sou fumador é demais!
 

5 comentários:
Apesar de lutar diáriamente contra o tabaco (através de conselhos, advertências,etc), não concordo com a discriminação dessa empresa.
Desde que o individuo não fume no local de trabalho e não incomode outros colegas,não pode ser castigado.
Penso que as empresas não devem tomar medidas extremistas, mas reparem se um fumador fumar um cigarro por hora e para cada cigarro precisar de 1 hora, esse trabalhador gasta em 8 horas de trabalho 1:20 mara alimentar o prazer de fumar, por semana dá mais de 6 horas perdidas!
Recordo-me de um ex-trabalhador de uma têxtil das redondezas contar que há 20 ou 30 anos atrás começou a fumar porque na empresa onde trabalhava davam um intervalo extra aos fumadores!!
Isto sim é o politicamente correcto ao extremo, é uma medida fascista, como aquelas de controlar o tempo na casa de banho, e as câmaras no interior das fábricas.
No Público de hoje li que o actor britânico Mel Smith foi proibido de fumar em palco numa peça em que encarnava Winston Churchill.
Esta atitude é elucidativa da paranóia crescente nas restrições anti-tabágicas.
Não permitir que os actores acendam cigarros em palco, para retratar personagens é um absurdo completo.
Há alguem que consiga imaginar Churchill sem o seu charuto?
O acto de fumar nada tem a ver com um acto de necessidade física como é uma ida à casa de banho, como também não viola a privacidade e o uso indevido de imagens, ou como há huns anos acontecia com o BCP que não admitia mulheres por esta serem mais faltosos em consequência do apoio familiar, ou seja as faltas neste caso eram justificadas pela necessidade de salvaguarda da família.
A opção de uma empresa em contratar fumadores ou não fumadores é dela e apenas a ela diz respeito. Por outro lado seria grave se alguma empresa, porque entendeu que os colaboradores que fumam não lhe interessam apenas porque lhe apontam o acto de fumar e por isso os descriminam isso sim é grave, mas nada pode impedir essa mesma empresa de a partir do momento que entendeu não desejar colaboradores que fumam, admitir fumadores, desde que obviamente não prejudique os fumadores que já lá trabalham.
Isto não é fascismo, ou então alguém me explique o que é o fascismo
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